Conceitos

  • Reforço

 

No trabalho desenvolvido por Ivan Pavlov, o reforço consiste na apresentação de um estímulo incondicional, para que a resposta seja reforçada, a fim de a sua associação ser consolidada.  

O reforço é algo que se pretende intensifique a resposta pretendida. Geralmente, a aprendizagem dos seres vivos é assimilada por reforços quer sejam positivos ou negativos. O reforço positivo utiliza-se quando se pretende aumentar a probabilidade de emissão da resposta e o reforço negativo usa-se através da apresentação de um estímulo aversivo, quando se pretende eliminar essa resposta.
O comportamento pode assim ser modelado através da administração de reforços positivos e negativos, o que implica também uma relação causal entre reforço (causa) e comportamento (efeito).  
A eficácia do reforço depende da proximidade temporal e espacial em relação ao comportamento que se pretende modelar, sob pena de incidir sobre outro que não esteja em questão. Um reforço positivo fortalece a probabilidade do comportamento pretendido que segue. O seu registo é a presença de uma recompensa; um reforço negativo enfraquece um determinado comportamento em proveito de outro que faça cessar o desprazer com uma situação. Portanto, o seu registo é a ausência (retirada) de um estímulo que cause desprazer após a resposta pretendida.

  • Punição

A punição é muitas vezes confundida com o reforço negativo pois o elemento punitivo encontra-se inserido neste. Porém, ao contrário do reforço negativo, o objectivo da punição é levar à extinção do comportamento, ou seja, com o passar do tempo, a probabilidade de ele ocorrer novamente diminui. O reforço negativo passa a ideia de uma obrigação: um rato pode puxar uma alavanca (comportamento) para desligar uma corrente eléctrica que o esteja infligindo um desconforto (reforço negativo). O reforço negativo, não é um evento punitivo: é a remoção de um evento punitivo. Ambos utilizam de estímulos aversivos.

As punições podem ser de dois tipos: por adição (punição positiva), quando experiências aversivas são adicionadas, ou por subtracção (punição negativa), quando facilitadores do comportamento são subtraídos. Ambas as técnicas levam a aquilo que chamamos de extinção.

A punição pode acarretar uma série de problemas: esse tipo de estimulação aversiva, acarreta respostas do sistema nervoso, entendidas como ansiedade, depressão, baixa auto-estima Além do mais, o comportamento punido não é esquecido, ele é suprimido. Pode ser que após a estimulação aversiva ter sido eliminada, o comportamento volte a ocorrer: a criança pode simplesmente aprender a não dizer palavrões em casa, mas continuar a usá-los em outros lugares.

Ela também suprime o comportamento indesejado, mas não guia a pessoa para um comportamento mais desejável. A punição diz o que não fazer, o reforço diz o que fazer. Uma punição combinada com um reforço positivo de comportamentos desejáveis é mais eficiente.

Em suma, a punição rápida e segura pode ser eficaz, e pode de vez em quando causar menos dor do que o comportamento autodestrutivo que suprime. Mas ele pode reaparecer, se for possível evitar a punição. Essa estimulação aversiva também pode provocar efeitos colaterais indesejáveis, como ansiedade e ensinar agressividade. Os psicólogos preferem dar mais ênfase ao reforço positivo do que à punição.

  • Condicionamento Operante

 

No condicionamento operante, o comportamento surge não desencadeado por um estímulo, mas sim voluntariamente ou ocasionalmente e surge após o aparecimento do comportamento.  

Realiza-se no contexto de comportamentos emitidos inicialmente de maneira espontânea pelo organismo, mais do que produzida por estímulos.  
É a resposta ao condicionamento que determina o aparecimento do reforço. A resposta é voluntária, a repetição do reforço necessita de um condicionamento estabilizado. Neste caso, um qualquer comportamento desencadeia por si só o aparecimento de um reforço.  O condicionamento operante procura explicar alguns aspectos do comportamento humano, tais como actos ou comportamentos voluntários.